quarta-feira, 28 de maio de 2014

O que te move?



O que te motiva? O que te move? O que te faz sair da cama, trabalhar, respirar? Todos os dias buscamos respostas para coisas que acabamos fazendo mecanicamente. Chegamos sempre em um momento da vida onde percebemos que perdemos nossa referência. Em alguma encruzilhada deixamos cair algo, esquecemos de acreditar, mas não de forma intencional, uma coisa ou outra acaba nos levando a esta condição mecânica, acaba acontecendo e pronto.

Só lá na frente olhamos para trás e ficamos procurando desesperadamente pelo elo perdido de nossas vidas. Fotos, sorrisos, textos, posts, são apenas retratos dos momentos em que vivemos, elas podem muito estarem desvinculadas daquilo que realmente desejamos. Não podemos tirar deles a real condição das pessoas e o que elas querem para si.

Somos movidos sempre por interesses. Ser rico, ter um corpo bonito, famoso, reconhecido por seu trabalho, ter amigos, ganhar um namorado, marido, ter liberdade, casar, descasar, enfim...o que nos tira a inércia geralmente são estes elementos ou outros além. Por vezes tais objetivos de vida chocam-se com o de outras pessoas, ai surge a competição, a desvirtuação de valores, intrigas e rompimentos diversos.

Sonhamos e ensaiamos diariamente o dia de nossa redenção, o dia em que poderemos de fato realizarmos aquilo pelo que lutamos. Grandes ícones da História sonharam e realizaram, mas será que eles após concluírem suas missões se contentaram com isso, pararam? O que vem depois do êxito? Um novo objetivo? Bem, aí tem confusão, pois há religiões que dizem que após concluída nossa missão aqui, pimba! Já foi, pronto, finito, tchau e bença. Agora só na outra vida. Tem sentido, mas não creio.

Tem gente que veio ao mundo apenas para dar lições aos outros, assim como outros que vieram apenas para infernizar a vida alheia e acabar com elas. Mas e a justiça para elas? Ahhhh, isso Deus põe sempre outro alguém para dar o remédio que precisam. Uns vieram para serem famosos, outros para mentir, persuadir, governar, cantar, encantar, as missões são variadas, o que elas fizeram para chegar lá até Deus duvida.

Ora, mas o que diferencia o ser humano na obstinação por suas metas? Seriam os modos de se chegar? Derrubar vale? Furar olho, xingar a mãe, destruir corações, desrespeitar, matar, roubar....bem, as regras são inúmeras para infinitos fins. O certo e o errado neste quesito não são válidos. Maquiável foi impecável nisso. Sim, sim, os fins justificam os meios, mas as convenções sociais rotulam as práticas.

Procuremos, por fim, um objetivo, palpável ou não, exequível ou impossível, lutemos por ele. Porém, pese, saiba bem o que deseja, pois tal coisa pode ser ruim ou até desastrosa para ti; entretanto, só depois vai se tocar disso. Ai vem o livre arbítrio e Deus diz..."Tá vendo, eu avisei". Cuidado, cuidado com o que quer e o que você está fazendo para obtê-lo. Se ligue e fique atento, mas mesmo assim, continue se movendo....os humilhados serão exaltados, eu li isso em algum lugar....rsrsrsrs!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Ela é poderosa!!!


Definitivamente não sou crítico de cinema, mas amo filmes, um cinéfilo assumido, no mínimo. Entretanto, não tinha visto recentemente uma história legal que rendesse comentários decentes. Ao ver "Ela", de Spike Jonze, estrelado por Joaquin Phoenix contracenando com a voz rouca e estonteante de Scarlett Johansson, mudei de ideia. O enredo é bem traçado e bem contato pelo personagem problemático de Phoenix. Vale a pena ver o sofrimento do cara. Colegas resumiram o filme como "melancólico"; bem, cada um tem sua opinião, então vamos a minha.

Sou um romântico à moda antiga. Lá no fundo, bem na minha essência sou um chorão inveterado, sentimental, presa fácil para as mulheres maléficas e ardilosas. Sentimentalóide como o Theodore, protagonista do filme, assumo. Em processo de separação da esposa - Catherine - ele cai em depressão profunda, aquela deprê mesmo, fundo do poço é pouco pra ele. No começo do filme já dá vontade de chorar, só de dó do cara. Ele e os amigos até que tentam dar um ponto final a esse sofrimento apresentando pessoas e investindo em outras alternativas; até que uma inusitadamente funciona.

Um sistema operacional acaba fazendo as vezes de amiga, ficante e namorada, em todas suas nuances - até no sexo. É tudo certinho, do mesmo jeito que é na vida real. Você chega a esquecer no decorrer do longa que ela é um programa de computador. A sedução, o enlace, as confidências, os desejos, sonhos, planos, até a sacanagem de traí-lo com outros 641 sistemas operacionais diferentes - pensa que é só na vida real que tem gente assim? Imagina....

Enfim, vamos ao que interessa. Todas as fases são compartilhadas entre eles, a conquista, a divisão de experiências, boas risadas, locais, fotos em forma de música, poxa, como se poderia imaginar isso? Sentimento puro, singelo, o amor em sua plena natureza. A perfeição em forma abstrata que poucos conseguem sentir. Para quê corpo, quando a sensação de prazer e bem estar está dentro de ti, ao apenas ouvir sua voz. E foi assim que eles se apaixonaram. Bobo? Não. Quem ama sabe do que estou falando.

O amor pede tão pouco, exige apenas atenção, cuidado, zelo. Ele se contenta com um simples olhar nos olhos, um toque no rosto, bem de leve, apenas com a ponta dos dedos, sem pressa, suave, escorrendo pela face até enxergar um sorriso, mesmo com os olhos fechados. Aaahhh o amor! Nos faz mudar de rumo, de lugar, faz todos desaparecerem, problemas não existem mais, dor, revolta, mágoa, idem. A solidão morreu e deu lugar a respiração leve, quase que nula, pois não conseguimos controlar nosso corpo diante da pessoa amada. Todos os sentidos são voltados para ela, só nela.

O filme dá a prova dos nove que o amor é capaz de nascer nos lugares mais inóspitos e das maneiras mais curiosas possíveis. Ao ver o filme, gente, você chega a sentir o poder que o amor tem, o que ele é capaz de fazer dentro de nós. Da autofagia destrutiva até a reconstrução de uma vida inteira. Tudo é diferente quando se tem amor. As cores são mais vibrantes, o céu mais azul, as pessoas? Bem, as pessoas são detalhes, meros coadjuvantes dessa passagem pela terra.

Até como sátira, a personagem de Amy Adams, melhor amiga de Theodore, com inveja dele disse que "o amor é a única loucura socialmente aceita". E ela tem razão. Somos capazes de tudo por um grande amor, brigamos com pai, mãe, família, mentimos, juramos por Deus, por filha, filho, tudo em nome do amor.

A dor da decepção também está presente no longa e não poderia deixar de estar. Faz parte do ciclo dos relacionamentos. Ele a ama, mas ela o ama de outro modo, de intensidade diferente que ela gosta dos demais - complicado, né. O fato é que ela arrasou com ele, e voltou a ficar depressivo, porém, com outro aspecto, mais confiante num futuro melhor.

É gente, o amor é assim, te dá o céu, mas te tira o chão quando ele se vai. A dor não se mede em dias, semanas, meses, muito menos se mede com os litros de lágrimas que derramamos naquela foça poderosa. Dor se sente, apenas dói. O jeito é deixá-la passar. Permitir que o tempo faça seu trabalho e faça cicatrizar aquela ferida que não fecha.

Você que ainda tem um coração pulsando ao invés de um cubo de gelo aconselho a assistir. Em muitos momentos, se verá em algumas partes do filme. Reconheça-se, reflita e tire suas conclusões. Tá bom, vai....pode chorar também!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Amigos & amigos


Já escrevi sobre este poder que os amigos bons têm sobre nós. Eles têm uma capacidade de mudar ânimos, fazem aparecer sorrisos, multiplicar abraços e disseminar a alegria. Na alquimia deles, risos se transformam em gargalhadas gostosas e verdadeiras, daquelas que deixam o olhar brilhando.

Visitei hoje um ambiente de trabalho que tive das mais diversas experiências. Estive na Secretaria de Estado de Comunicação de Alagoas. Do porteiro ao secretário-adjunto fui bem recebido e o melhor, com um sorriso autêntico no rosto. Conversa vai, papo vem, histórias e mais histórias sobre o jornalismo público e suas nuances.

Ouvir deles que uma sementinha eu ali deixei, brotando para algo legal, profissional e maduro. Isso é tudo de bom, mostra que estamos no rumo certo, agindo com respeito e profissionalismo. Sei que errei em alguns momentos com as pessoas e posicionamentos que tomei, entretanto, hoje sei com a autocrítica bem apurada que meus equívocos contribuíram com meu crescimento, com minha maturidade profissional. Errei, quando podia errar. Hoje, não mais.

O fato é que entre abraços e boa conversa sai de lá revigorado, com energia boa circulando dentro de mim, com a sensação mesmo de dever cumprido. Mas como sempre, com um gostinho de quero mais....

terça-feira, 20 de maio de 2014

Prazer, sou Carlos Eduardo Epifânio



Olá, tudo bem? Meu nome é Carlos Eduardo Epifânio da Silva. Filho mais velho de uma professora de nome Genivete Porfírio da Silva e de um funcionário de uma empresa privada que atende pelo nome de Antônio Epifânio da Silva. Estou hoje com 33 anos bem vividos e sem qualquer mácula em minha vida. Nada que desabone ou envergonhe meu currículo, família ou amigos. Tradicionalista, aprendi que desde sempre não se pode pegar o que é alheio, não desrespeitar os mais velhos e muito menos levantar falso testemunho sobre quem quer que seja. Assim aprendi lá em casa, ali numa humilde residência na pequenina Satuba.

Estudei em escola pública até a quarta-série até ir para a capital aprender no antigo colegial. Assim me formei no Colégio de Santa Teresinha, hoje infelizmente falido. Prestei vestibular para Direito por duas vezes e por um triz não passei, não era para ser um operador do Direito, vai entender. Por aconselhamento de um AMIGO testei o Jornalismo. Tive sucesso no certame e na Universidade Federal de Alagoas gozei dos melhores quatro anos de minha vida.

Iniciei minha passagem acadêmica como dirigente da Rádio Universitária, fiz ao lado de Filipe Toledo, Lucy Oliveira e Adriana Thiara, o programa 'Panela de Pressão'. Fui dirigente da emissora por duas gestões, acumulando a função de membro honorário do Diretório Acadêmico do Departamento de Comunicação por outros dois mandatos. Genista, discutia e quase as vias de fato chegava pelo direitos dos alunos e os meus. Sofri, viu! Fui membro fundador da Empresa Júnior de Comunicação, pioneira em fornecer estágio aos alunos de Comunicação Social da Ufal.

Em paralelo a isso tudo, fui um dos primeiros alunos de minha turma a estagiar. Passei um ano estagiando na Secretaria de Estado da Saúde, sob a batuta de Ronaldo Lima, meu primo. De lá, consegui voos mais altos e fui para a TV Pajuçara, de onde posso encher o peito e dizer que passei quatro excelentes anos de aprendizado com Rachel Fiúza, Marcos Toledo, Gésia Malheiros, Graça Carvalho, Ricardo Mota, Aline Martins, Jeferson Morais, Goretti Lima, Gilvan Ferreira, Marco Aurélio Mello, Nivaldo de Cillo e outros.

No Pajuçara Sistema de Comunicação atuei desde a produção,reportagem, edição, iluminação, câmera, rádio, de um tudo. Tive o prazer de ter sido integrante do programa Conexão, ter narrado jogos dos campeonatos brasileiros de futebol dos anos de 2002 e 2003, ia a campo, editava, nossa, era puxado. Meu Trabalho de Conclusão de Curso foi a cerne do Pajuçara Esporte Clube. De lá, planei para a política de onde não mais sai, mas ainda fazendo história por aí.

Assessorei uma das mais polêmicas políticas de sua época, a Ciça do Bar, então prefeita analfabeta funcional de minha cidade. Estive na assessoria de comunicação da Usina Sinimbu, com minha amiga Sheyla Aquino, de quem tanto me orgulho. Chegando até o ninho tucano por onde permaneci por longos seis anos, lá me consolidei.

Da campanha de 2006 até abril de 2011, fui um coringa na estrutura do Governo. Cheguei como repórter e ascendi até o cargo de superintendente de comunicação, tomando conta de 150 jornalistas. Morei em Brasília, montei a estrutura que hoje o governo de Alagoas usufrui para receber as visitas dos governadores do Estado. Fiz raiz...

Sai do tucanato e mergulhei em uma redação de jornal. De repórter de Cidades, cheguei a editor de Política. E por anos exerci tal função que também tenho bastante orgulho, sem processos, respeitando e sendo respeitado durante toda minha jornada, fazendo uma política gostosa de se ler, diferente e presente no dia a dia do alagoano. Terminando meu ciclo na Tribuna Independente, aceitei, por fim, o convite de participar do projeto para fazer o deputado federal Renan Filho governador do Estado. E cá estou!!!

Todo esse longo tempo, de dura e árdua caminhada criei um nome. Tenho uma trajetória respeitosa junto a categoria, sem pisar, desmerecer ou denegrir nenhum colega de profissão. Não sou uma promessa ou dúvida, sou uma certeza. Não sou um desconhecido, não sou uma incógnita que as pessoas olham com estranheza. Não!! Posso ter acumulado inimigos, desafetos, inimizades, comum para quem trilha sempre na retidão e não aceita conchavos ou tramoias escusas. Não sou falso, ardiloso, muito menos tenho o hábito de apunhalar A, B, ou C, seja pela frente ou por trás. Não aprendi isso em casa, muito menos na rua imunda que pisamos diariamente.

Sou de riso autêntico e fácil, não sorrio amarelamente, nem alardeio amizades vis e interesseiras por seu ninguém, até por que o quê as pessoas têm nada me inveja. Orgulho-me de tudo ter, gozo de saúde perfeita, tenho amor de meus pais, meus amigos VERDADEIROS e o respeito de uma categoria profissional inteira. Inveja ou interesse certamente não são os pecados que pagarei nesta vida, posso pagar por outros, mas estes não, definitivamente, não!!!!

Não sou de subterfúgios, churumelas ou de papos tangiversais. Sou de uma linha reta, direta e proba, como meus pais me ensinaram. Não pego o que é de ninguém, por isso não me curvo diante da vergonha da verdade desnuda. Não temo a queda de máscaras, ou o desvincilhamentos de cortinas de fumaça, que vendam e distorcem a realidade.

Prazer, sou Carlos Eduardo Epifânio da Silva, jornalista 897, registrado pelo Sindicato de Jornalistas do Estado de Alagoas. Sou amigo, irmão, primo, filho e marido. Verdadeiramente leal e fiel aos meus conceitos, não dou ouvidos a terceiros, crio minha impressão alheia, envergo as predefinições de outros e engulo os entronxamentos de faces pelo meu jeito de ser. Seja leal e verdadeiro comigo que terás o melhor e mais fiel parceiro de luta, pelo contrário terá o mais impiedoso dos inimigos. Entretanto, espero pela justiça divina e dos homens, porque sei que um dia ela chega!!!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ela aparece, sempre!!!


Verdade e mentira. São dois reis que se degladiam diariamente dentro de nós e entre vitórias ou derrotas, não sabemos ao certo quando ganhamos ou perdemos na realidade. A mentira é necessária em alguns momentos sem dúvida, porém, a verdade liberta, ilumina, por mais forte que seja sempre é necessária. A mentira magoa, traz enganação, caçoa de ti, das pessoas, de terceiros. Um dia essa verdade vencida ganha o espaço da mentira vendida e disseminada momentaneamente, pode ser tarde demais, mas ela precisa e deve aparecer sempre.

Aristóteles citou certa feita da vantagem da mentira. "Que vantagem tem os mentirosos? A de não serem acreditados quando dizem a verdade". A sentença do pensador resume tudo aquilo que já conhecemos. Aquele que muito mente, não se faz acreditar. Ele mesmo será o grande prejudicado quando seu brado for autêntico. A mancha vil da enganação estará sempre em sua sombra. E por mais que ignore esta herança, terceiros sempre vão desconfiar de sua idoneidade. Inevitável seu passado dará o ar da graça.

Tenha medo destas pessoas que mentem sem piscar, mentem de "olho duro", como dizem os matutos. Tais pessoas são capazes de tudo, tudo mesmo! Elas são alimentadas pela inverdade, consomem e reproduzem falácias em benefício próprio, se tornam hienas vorazes, que matam rindo, gozando daquele momento. São frias, calculistas, dissimuladas, estrategistas para o bem próprio, que se danem as consequências; o que vale, na verdade, é o "benefício" que aquela mentira dará em seu retorno, ninguém mais.

Duvido e duvido muito desta volta benéfica e boa para os enganadores. É efêmero e muito singelo o ganho desta conduta, pois é como um véu que esconde a real situação, o verdadeiro panorama. Encobre a chaga, a cólera que ela mantém internamente.

Falar sobre falso e verdadeiro, mentira e autêntico, original e errôneo depende do ponto de vista de cada um, é relativo e perigoso. O que naquele momento pode ser verdade, proveitoso e útil é justificável, tudo para se alcançar um bem, uma sensação, um objetivo. Tudo é válido. Sabendo-se que, claro, aquela inverdade se desfragmenta com o tempo por meio de fatos e informações marginais mesmo. Sem querer ela se esvazia.

A verdade mina lentamente, dia a dia, semana a semana, mês a mês, algo contribui direta ou indiretamente para que ela cresça e apareça. Sem fazer força. Parece até lei da natureza, divina, não sei. Um dia ela surge, onipresente e onipotente. Você verá, aposte nisso!!!!

Como disse o poeta e romancista francês Abel Bonnard, "o amor pode morrer na verdade, a amizade na mentira".

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Perdoe



Quando nosso coração está apertadinho pensamos melhor. Refletimos sobre atos e palavras, ações que por infinitos motivos nos arrependemos. A não perfeição humana nos concede isso, nos permite, mas a misericórdia divina ainda não chegou em sua totalidade entre nós, é normal. Perdoar é realmente divino, sobretudo quando aquele perdão é direcionado àqueles que te magoaram. Difícil. Um exercício de força e piedade descomunal!

Não sou santo, nem pretendo sê-lo. Erro todos os dias, mas torço e me esforço para não errar. Herculiamente paro, penso, e vejo o que fiz, admito que é um começo e tanto para a mudança identificar sua falta. Pedir perdão então, nooouuusssaaaa, como é difícil; arde, mas é prudente. É necessário dissecarmos nosso coração e tirar dele tudo aquilo que nos é pesado. Depurar, filtrar, mas acima de tudo, gente, devemos pensar no próximo, mesmo que este próximo te prejudicou um dia ou te ama de algum modo.

Se ela ou ele não te deu um abraço, te xingou, te magoou, não importa, a dor só gera dor. Pode parecer idiota dizer isso, mas sinto a cada dia o quanto é ruim viver com as mágoas de um passado recente, na ânsia de dar o troco, esperando o vacilo alheio para agir e mostrar como se faz. Não, não vale a pena, como não vale.

Não é que vamos deixar a impunidade reinar, a injustiça e o mal feito prevalecerem. Não! O dia da justiça chega e das maneiras mais inusitadas, que nem percebemos de onde ela veio e o porquê. Ora, então devemos seguir a vida sem esta tentação medonha de fazer o mal àquele que te distratou. É seguir, seguir, seguir.

Vendo um vídeo de whatsapp hoje fui tocado pela mensagem. De olhos marejados escrevo este post não com a missão de sensibilizar você leitor; não, nem por desabafo ou identificação com a mensagem, mil vezes não. O que sempre quis é disseminar o bem, fazer sorrir, multiplicar o afeto. Sou desajeitado e explosivo e nem sempre consigo dizer o bom e o necessário, me acalmar e pensar as palavras certas. Atuo por impulso em certos momentos, mas não quer dizer que não reflita depois. Eu sei, eu sei, pode ser tarde, mas elevo minhas orações a Deus para que Ele, ao seu modo, possa transmitir a mensagem.

Ora, quanto tempo eu perdi lamuriando-me por ofensas que emiti. Não quero isto pra mim, não quero ser lembrado por ser intempestivo, rancoroso; tenho tempo, estou vivo, Deus tem uma missão pra mim e de algum modo tenho algo a fazer aqui. Certamente sei que não é o que faço de ruim, é esperando essa redenção que sigo cotidianamente tentando corrigir os erros de outrora.

Quantas e quantas vezes atendi mal minha mãe, perdi a cabeça, não tive oportunidade de beijar o carrancudo de meu pai. Quantas vezes me eximi de beijar meus melhores amigos ou dar ouvidos aos seus elogios. Por isso que ao encontrar com alguns parceiros do passado, por vezes questiono: "como eu era?". Alguns se surpreendem, relutam, mas sempre falam, porque me conhecem, sabem de como eu sou e o que eu sou. Não o Cadu, o Eduardo, ou Carlos Eduardo, não...sou o amigo deles e por algum motivo nos cativamos. Algo de bom eu tenho então, todos nós temos. Seja o pior salafrário, o carrasco, o bandido, todos temos algo de bom. Ninguém é 100% ruim ou em sua totalidade bom.

Vamos cuidar de nós. Afastemo-nos daquilo que é ruim, do que nos põe pra baixo. Seja seu melhor, o melhor pai, melhor amigo, melhor mentor, marido, namorado, enfim....faça e espalhe o bem e tente resolver, em tempo, aquilo que te aflinjes. Sim, sim, sim, peça perdão aquele que você magoou, temos tempo e a vida corre, urge, e não deixe para depois espalhar palavras de boa fé, de felicidade.

Eu sei mais do que nunca, gente, que Deus fala por meios inesperados e nos momentos mais impróprios. Arranque o ódio de seu coração e espalhe o bem. Por favor, espalhe o bem.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Vitórias caladas



O jornalismo político não é conhecido por prestar bem estar social, isso diretamente falando. Mas em alguns momentos nos sentimos com um ar de dever cumprido. Não por um sentimento mesquinho e pessoal; não, não, longe disso. Esta sensação é muito tênue e sublime de se perceber. Os jornalistas que atuam diariamente com políticos, ficam as vezes insensíveis, frios, descrentes; miramos apenas votos, ações, frases, provocações, enfim, algo que possa destacar um e suprimir o rival - ou até colocarmos ambos na berlinda. Entretanto, em meus mais de dez anos nesta labuta, hoje vi que não é bem assim.

Uma ex-repórter que trabalhou para mim informou-me, ontem, de uma vitória que vibramos apenas na surdina, ali bem quietinhos, sem alarde, sabe. A euforia contida é em nome de um povo que há anos é oprimido pelo julgo da corrupção e do mal. Eita que teimamos em repetir isso em política: "a velha luta entre o bem e o mal". Nesta arena, nem He-Man ou o Gato Guerreiro podem entrar, mas vale dedo no olho, xingar a mãe e chute nas partes baixas, tudo pelo acesso ao poder e perpetuação nele.

A informação passada, que infelizmente não posso compartilhar com vocês, é apenas parte de um trabalho maior, um tipo de justiçamento branco ou até mesmo temporário, que deve mostrar aos poderosos que até Roma caiu, por que não ruir uma dinastia antiquada e nefasta, que minava os cofres públicos, saqueando sonhos e anseios populares? Tudo é possível quando o assunto é política, do mesmo jeito que tudo é possível, é passageiro. O bom para hoje, não pode ser o ideal para amanhã.

É assim que funciona a política. Defendemos com unhas, dentes e sangue nossas bandeiras em um pleito eleitoral, até que a cor vencedora de outrora se torna vil e indesejável. Todavia, lá estaremos sempre a postos, prontos para defenestrar oligarquias, dissolver déspotas e oportunizar sonhos, não deixando morrer a esperança por dias melhores.